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Mostrando postagens de março, 2017

LIVRO ANALISA A QUESTÃO ANIMAL A PARTIR DA FILOSOFIA

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                  “ Filosofia animal: humano, animal, animalidade ” (Curitiba: PUCPRESS, 2016, 424 p.) analisa de forma inédita no Brasil as principais teses filosóficas sobre a questão animal, tanto do ponto de vista ontológico (o que é o animal?), ético (como devemos nos relacionar com eles?) e linguístico (o animal tem uma linguagem e como devemos interpretá-lo como símbolo linguístico?). Organizado pelo professor Jelson Oliveira, o livro conta com artigos de pesquisadores nacionais e internacionais, que tratam do assunto a partir de múltiplos olhares, seja de autores clássicos da filosofia como Aristóteles, Descartes, Condillac, Plessner, Nietzsche, Heidegger e Hans Jonas, seja de autores do campo da bioética, como Peter Singer e Gary Francione, seja de autores da área da literatura.            Partindo da perspectiva de que o animal é a primeira provocação filosófica do homem, já que foi diante dele (e do seu olhar) que o homem teve de reconhecer-se a si mesmo,

A CARNE É FRACA E ESTÁ PODRE FAZ TEMPO. CONHEÇA O LIVRO "FILOSOFIA ANIMAL"

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"É preciso refletir bem: onde termina o animal e  onde começa o homem?"  (Nietzsche,  Schopenhauer como educador) Existe uma urgência filosófica de pensarmos a chamada “questão animal”. E isso não diz respeito apenas aos bichos não humanos. Diante do olhar do animal, o ser humano se encontra com ele mesmo. Afinal, a gente também é bicho. E se a nossa diferença em relação aos demais é motivo de vergonha (se levarmos em conta toda a dor e o sofrimento impostos historicamente aos animais não-humanos), é ela também que nos dá grande responsabilidade, seja na reflexão ontológica sobre quem somos enquanto membros da espécie animal, seja na atitude ética que nos é exigida. Trata-se de refletir criticamente sobre a crença milenar na primazia ontológica do ser humano e em sua superioridade diante das outras espécies, contra as quais ele implementa lancinantes expedientes de exploração, experimentação e consumo que não só têm produzido todo tipo de sofrime

POR QUE EU ESCREVI UM LIVRO SOBRE A ALEGRIA?

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Hoje, 10.03.17, Marcella Lopes Guimarães e eu lançamos o segundo volume da Coleção Café com Ideias, cujo título é “Diálogo sobre a alegria”. Quando a gente começou a conversar, logo nos veio à mente a pergunta sobre a atualidade desse assunto: não seria insano ou alienado falar de alegria em uma época de tantas tristezas e tragédias humanas? A pergunta carregava também, provavelmente, aquele velho preconceito contra a alegria, típico dos que acreditam que o riso é abjeto e equivocado, enquanto o drama é mais digno diante da condição humana que, como todos sabemos, é marcada por estorvos capazes de desanimar qualquer um de nós. Foi justamente essa perspectiva que me animou nesse projeto. Eu escrevi sobre a alegria, primeiro, porque eu tinha uma companheira de conversa, com quem partilhei os desafios e as esperanças desse tema, da arte da escrita, da forma de abordagem e, principalmente, da compreensão e cumplicidade indispensáveis para quem quer conversar e escrever conjunt